sexta-feira, maio 27, 2005

Perestroika espiritual...

Desde muito novo que tento responder questões que me surgem continuamente, e que surgem a qualquer pessoa a dada altura da vida. Questões cujas respostas nos podem dar a chave das nossas vidas, algo assim como a liberação da nossa alma… Perguntas do tipo:
 Quem sou?
 O que sou?
 O que posso ser?
 Etc…

Ao longo da minha vida no nosso dia a dia isto surge constantemente a milhões de pessoas. É certo que muitas vezes encontra-mos algumas respostas mas muitas outras vezes isso é quase como uma missão impossível, ou então uma perda de tempo… Por exemplo a “pergunta quem sou?” ou “o que sou?” são perguntas que nos inquietam constantemente e lutamos por descobri-las, no entanto enquanto lutamos por descobrir as respostas todas as pessoas que gostam de nós, ou pelo menos dizem que gostam, ou até mostram que gostam, tentam mudar-nos, moldar-nos a imagem de alguém que idealizaram e que gostariam que fossemos, se assim é e descobrir-mos quem somos ou o que somos entretanto, e logo em seguida nos deixar-mos mudar para quê tanto trabalho e tanta batalha travada para responder a essas questões?

Como disse desde muito pequeno tento responder a muitas dessas questões, tento chegar a uma conclusão final sobre mim mesmo, no entanto com 25 anos de idade penso que é impossível chegar a uma conclusão final, mas apenas a pequenas conclusões que nos podem enriquecer um pouco mais no dia a dia e nunca nos deixam perder. Resumindo continuamos a ser nós mesmos. Posso adiantar que nessas pequenas conclusões posso dizer que a minha alma precisa de amar e de ser amada, algo que encontrei na space, só assim consegue estar sossegada. Precisa … Bom o resto deixo para mim…

Eu sou uma pessoa imensamente pragmática, e que questiona tudo e todos a toda hora, diga-mos que sou daqueles apelidados “do contra”, por vezes isso causa alguns dissabores, no entanto nestas situações aprendem-se valiosas lições sem deixar-mos de ser nós mesmos e aí caminhamos a passos largos para descobrirmos quem somos, pois sou fiel a mim mesmo, e isto é universal, serve para qualquer pessoa. É a partir de aqui que podemos desenhar um mapa da nossa alma, preenchido por sentimentos e pelas pessoas que amamos, e tomando consciência disto e que este processo é longo e por vezes tortuoso devemos ter em atenção que se amamos alguém é porque gostamos das suas características inicias, com que as conhecemos, e principalmente pelas quais nos apaixonaram quando é a/o nossa/o companheira/o, e que tentar muda-la/o pode causar-nos muitos dissabores, tanto porque necessitam encontrar-se a si mesmas enquanto pessoa e ao tentar alterar isso podemos baralhar tudo e passar-mos a ter uma pessoa totalmente diferente daquilo que queríamos e também totalmente diferente daquilo pelo que nos apaixonaram ou simplesmente nos agradaram, e depois temos que dar tudo por perdido.

Quiçá eu seja ma pessoa demasiado complicada, e que passe a vida a levantar falsas questões, mas no meu fundo todas elas me dizem que um dia encontrarei o que quero, e que nesse resultado estarão as pessoas que mais amo neste mundo, aquelas pessoas a quem tudo devo, e que no fundo não são muitas, apenas a mulher que amo, os pais que adoro, o avô de 96 anos que admiro, os amigos que sempre estão presentes, todos aqueles que perdem 5 minutinhos da sua vida para me ouvirem ou como no vosso caso, amigos da bloggesfera, para me lerem.


Cosmic.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, meu querido vizinho. Parabéns pela casinha nova. Está mais acolhedora com estas novas cores ou, pelo menos, mais tranquilizante. Gostei deste texto. A capacidade de questionar é prova viva de inteligência, nunca duvides disso. Antes questionar, duvidar e agitar do que viver uma vida de marasmo... acredita! Continua o teu bom trabalho. Kiss