Mensagem do papa Francisco, realmente este homem tem uma grande sabedoria e preenche os corações das pessoas.
quinta-feira, abril 10, 2014
Objectivo de vida - Mensagem do pápa Francisco.
"Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens. Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer. Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente. Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade. Com as coisas que nos vão acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante."
quinta-feira, março 27, 2014
Dor
A dor faz parte do dia a dia do homem desde a própria história do homem. Não falamos aqui apenas na dor física, mas de todo e qualquer tipo de dor, a física é apenas uma das suas formas, mas existe ainda a dor psicológica e a fé a dor espiritual.
A dor em qualquer uma das suas acepções serve como principal bloqueio ao nosso normal desenvolver do dia a dia, de que se possa seguir em frente e até mesmo evoluir.
A dor obviamente está associada à capacidade de sofrimento de cada um, mas ninguém conseguirá sofrer por tempo indeterminado e na solidão por muito forte que seja o indivíduo e por muito capacidade de sofrimento que se tenha.
Aquele ou aquela que tente aguentar a dor sozinho apenas conseguirá chegar a um ponto de frustração elevado que bloqueia o caminho para a felicidade. Com isso a dor aumenta e com ela o sofrimento.
Cabe-nos a nós como primeiro passo reconhecer a dor e as suas causas, ao ser consciente disso devemos apoiar-nos na família, nos amigos (aqueles que realmente o São) e em conjunto lutar por ultrapassar essa dor, criando mecanismos de auto-ajuda e de ajuda dos outros, este processo releva ainda vários factores importantes, são eles a confiança, no próprio e nos outros, a lealdade, a fidelidade, e claro está no Amor.
A dor em qualquer uma das suas acepções serve como principal bloqueio ao nosso normal desenvolver do dia a dia, de que se possa seguir em frente e até mesmo evoluir.
A dor obviamente está associada à capacidade de sofrimento de cada um, mas ninguém conseguirá sofrer por tempo indeterminado e na solidão por muito forte que seja o indivíduo e por muito capacidade de sofrimento que se tenha.
Aquele ou aquela que tente aguentar a dor sozinho apenas conseguirá chegar a um ponto de frustração elevado que bloqueia o caminho para a felicidade. Com isso a dor aumenta e com ela o sofrimento.
Cabe-nos a nós como primeiro passo reconhecer a dor e as suas causas, ao ser consciente disso devemos apoiar-nos na família, nos amigos (aqueles que realmente o São) e em conjunto lutar por ultrapassar essa dor, criando mecanismos de auto-ajuda e de ajuda dos outros, este processo releva ainda vários factores importantes, são eles a confiança, no próprio e nos outros, a lealdade, a fidelidade, e claro está no Amor.
Ultrapassar a dor pressupõe ultrapassar o passado, passar a receber o futuro que a cada segundo se converte em presente. Como é óbvio o passado faz parte da vida de cada um, mas deve apenas servir como guia para não cometer erros repetidamente, algo em que o homem é perito, pois o homem é o único ser capaz de tropeçar duas vezes na mesma pedra, sobretudo quando vive no passado e não utiliza esse passado para não cair de novo nos mesmos erros. Mas o que é que nos prende de tal forma que nos prende tanto a esses factos do passado? Podem ser diversas coisas, pode ser a própria cultura em que se está inserido que não ensina a ver para além, mas com a globalização temos visto que muito lentamente esse aspecto vai mudando, nem sempre para melhor, mas sempre muda algo, depois temos vários aspectos das próprias pessoas, e em regra o que mais se destaca para voltar a repetir erros que provocam sofrimento e dor diversas vezes é o "orgulho", imensas pessoas têm esse problema, o orgulho é um bloqueio tremendamente forte ao desenvolvimento humano e à felicidade, e um desencadeante de dor, não só no próprio individuo mas também nos outros com quem se relaciona.
Quantas vezes uma pessoa não faz algo porque o seu orgulho faz com que não queira parecer fraco, quantas vezes não se desiste de lutar por algo por orgulho, deixando em nós marcas profundas e causando uma Dor que esmaga qualquer um. Há quem defenda que isso faz parte do amor próprio, mas não é de todo assim, o amor próprio é gostar e acreditar em nós mesmos, lutar por aquilo que queremos, perseguir aqueles que amamos e dar o máximo se sentimos que podemos perder essas pessoas, é correr atrás delas se sentimos que elas são um pilar da nossa vida e que podem sair dela, por sua vez o orgulho não tem nenhuma carga positiva, bloqueia o próprio amor próprio pois ninguém que goste de si mesmo prefere o sofrimento em vez da felicidade.
Assim é inegável a necessidade de viver o presente em vez do passado, de ir atrás do que se quer mostrando a fortaleza e a coragem da vontade de ser feliz em vez de por orgulho aceitar a dor por pensar que determinados actos são uma fraqueza. Lutar por aquilo que se pretende, dentro dos limites da dignidade de cada um e dos outros, nunca é nem será uma fraqueza, mas sim um grande ponto de progresso no caminho da felicidade e um grande passo no combate a dor.
AMAR
"Gostar não basta. . .
É necessário Amar... gostar é morno, é mais ou menos, Amar significa envolver- se, apaixonadamente. Amar significa que é uma questão de vida ou morte. O AMOR significa intensidade, totalidade."
É necessário Amar... gostar é morno, é mais ou menos, Amar significa envolver- se, apaixonadamente. Amar significa que é uma questão de vida ou morte. O AMOR significa intensidade, totalidade."
Sinceramente é isto mesmo que eu penso.
domingo, fevereiro 23, 2014
Sonho ou realidade
A emoção embarga-me a alma
O tacto da minha pele está intensificado
O olfacto apurado faz-me perder a calma
A cabeça pede frieza mas o coração está do seu lado.
A luta começou e o desejo parece mais forte.
É necessária coragem para domar o indomável,
A cabeça diz que não é sorte
Mas sim uma entrega pura e fiável.
É necessário acreditar que pode ser possível
Abrir os olhos e ver que se está a acordado,
Não é um sonho impossível
Mas sim a realidade de ser amado.
domingo, fevereiro 02, 2014
Energia
Nós
enquanto pessoas vivemos em torno a energias. Temos energias internas e
energias externas. Como internas aquelas que são nossas, que de alguma maneira
controlamos ou pelo menos temos a noção do que está por detrás delas, depois
como externas temos todas que nos são transmitidas pelos outros com quem
convivemos no dia-a-dia, pelos acontecimentos profissionais, sociais e de
lazer, ou até os que nos são transmitidos pela própria natureza.
Nas
energias internas temos a energia física, a que sentimos dia a dia e que mais
rapidamente nos apercebemos do seu estado, se estamos cansados, se estamos com
muita vitalidade, se a nossa motricidade está mais lenta ou mais rápida, tudo
isso está relacionado com a energia física, mas depois temos a energia
psicológica, esta está sobretudo ligada ao nosso Eu interior, à capacidade do
nosso cérebro trabalhar mais ou menos, mais depressa ou mais lentamente, e esta
energia psicológica influencia claramente a energia física, pois se
psicologicamente as nossas energias estão em baixo ou reduzidas o nosso próprio
corpo não responde da mesma maneira, o animo existente faz com que nos sintamos
sem forças, no entanto se o nosso nível psicológico estiver alto sem duvida o
nosso organismo e mesmo em situações de stress físico responde de maneiras
muitas vezes inexplicáveis pela própria ciência. Isto não vem de hoje, e já na
Roma Antiga tinham a noção de “Mente Sã em corpo São” pois tinham plena consciência
que tudo está interligado.
No entanto Homem não é um ser que
viva isolado, que viva por si só, o Homem é um ser que vive em sociedade, relaciona-se
com outros seres da sua espécie, ou seja com outros Homens, e com tudo o que o
rodeia e ligado a natureza e sua envolvente. Com isto as suas energias internas
são constantemente bombardeadas com energias externas, a que geralmente
chamamos estímulos, e estes fazem-nos reagir (ou não, que apesar de tudo não
reagir também ode ser entendido como uma reacção) e nos afectam de imensas
maneiras. Se alguém nos transmite energias que consideremos negativas vão-nos
influenciar negativamente tanto no comportamento com essa pessoa como até mesmo
com todas as outras. No entanto se alguém nos transmitir energias positivas
isso vai-se reflectir também em nós, cria-nos um bem-estar psicológico e pelo
mesmo motivo físico, e são estes os estímulos e as energias que realmente
devemos dar valor.
Em regra, o homem tende a
valorizar as energias negativas, quer porque o afectam negativamente quer
porque a dor tende a ficar mais marcada na memória, mas seria importante para
todos nós enquanto pessoas, enquanto sociedade, inverter isso e passarmos a
valorizar muito mais as energias e os estímulos positivos, pois daí retiramos
os amigos (os verdadeiros amigos), os nossos amores, as nossas paixões e que no
fundo nos dão razão a nossa existência por mais fugazes que sejam.
Por vezes as energias negativas
criam-nos frustrações, situações limite em que agimos irreflectidamente e nos
prejudicamos a nós próprios e a terceiros, sendo que essas energias negativas
são fruto de sonhos irrealizados ou não concretizados, do querer e não poder.
No entanto a volta de tudo de existem também as energias positivas, com isso
devemos pegar e pensar se não será melhor deixar as energias negativas e
aproveitar essas positivas com as quais vivemos melhor, com mais qualidade de
vida, com mais alegria, com mais garra e atitude. Evidentemente que essa deve
ser a atitude, se não podemos concretizar um “sonho” acordemos desse e partamos
para outro, a vida é constante movimento, com esse movimento nós podemos
utilizar a nossa mente para nos focalizarmos no que temos de bom na vida, nas
energias positivas que temos, das nossas vantagens competitivas (aplicando aqui
um pouco de termos económicos) e transformar a nossa vida real numa vida de
sonho, mas o nosso “sonho real”.
É preciso ter assente que nada
deste processo é simples, que é linear ou rápido, tudo tem a sua morosidade,
mas é preciso ter a firme convicção que no final a recompensa será grande,
seremos mais felizes e faremos todos os que amamos (família nuclear, família em
geral, amigos, colegas de trabalho, etc…) mais felizes porque estaremos a transmitir
energias positivas e apesar que sempre em algum momento da vida nos podem
surgir duvidas, se seguirmos essa linha podemos ultrapassa-las de maneira saudável
e cada vez mais rápida.
As energias do Homem são, e ainda
bem que são, renováveis, é preciso descobrir a chave para as recarregar e
renovar. Pensem sempre de tudo o que lhes acontece, de tudo que têm na vida o
que têm de bom, por muito pouco que pareça, e peguem nisso para anular tudo que
há de mal e negativo, assim renovaram energias e poderão SENTIR, AMAR e no
fundo e mais importante VIVER FELIZES e REALIZADOS.
terça-feira, janeiro 28, 2014
Explosão de sentimentos
Apesar de diversos artigos que tenho em trabalho, hoje não escrevo bem um artigo, hoje escrevo mais sentimentos. Estou farto de pensar, de ter a cabeça a trabalhar a uma velocidade de cruzeiro, farto de tentar entender coisas que não são fáceis de entender, farto de tentar fazer entender coisas que estão a vista, mas que o coração com a emoção esconde da razão. Estou farto de me lembrar do que os outros não se lembram. Os sentimentos são complexos, misturam-se com a razão e nublam-nos a visão, fazem-nos esquecer o que já sentimos, fazem-nos viver nas sombras no negativo das memórias, em vez de nos trazer a felicidade pela beleza dos bons sentimentos passados.
Estou farto de parecer adormecido quando na realidade tenho um leão dentro cheio de vontade de rugir e abafar todos os males. Estou farto de estar em terra a perto de quem não se interessa em vez de voar nas asas de uma águia capaz de me levar ao céu livre e apaixonante.
Sinto o meu coração latir com força mas com receio de perder o que tanto trabalho deu conquistar, ou será que foi ele o conquistado? Uma dúvida que nem a razão sabe responder.
Quero o sol, quero explodir de emoção, ver olhos a brilhar com os raios solares que entram pelos olhos e aquecem o coração, que aquecem a alma e nos mostram o caminho da Felicidade que anula a dor e o sofrimento.
Peço a razão que me deixe ser livre, que não me prenda as sensações e as emoções do coração. Será que ela me escuta? Não sei. Amo a vida, amo os meus pais, amo a minha mulher e a minha lindíssima filha. No fundo todos os sentimentos fazem-me parecer perdido, mas na realidade apenas estou adormecido.
sexta-feira, janeiro 24, 2014
ABRIR O CORAÇÃO – AMAR VS PAIXÃO
Hoje em dia vivemos numa
sociedade que complica em demasia as relações, por um lado porque as pessoas
relacionam-se mais com o trabalho e com a vida profissional que com as próprias
famílias e/ou relações sentimentais, por outro porque as tecnologias têm
roubado o olhos nos olhos que é tão importante na hora de comunicar e de abrir
o coração, sendo essa uma das premissas indispensáveis do amor, e por essa
razão também das relações.
Ninguém pode amar outro se não
for capaz de lhe abrir o coração, dizer o que sente e o que pensa para que a
outra pessoa faça o mesmo. Uma relação baseada apenas na atracção e no desejo,
aqui falo claramente numa relação amorosa de casal, tenderá ao fracasso se o
casal não aprender a comunicar, a abrir o coração e se não forem puros, leais,
francos um com o outro.
Obviamente que numa relação forte
deste tipo tudo nasce com a conjugação de atração, desejo, uma certa adoração,
o ritmo coração e a vontade de estar sempre com a pessoa elevados, que numa
definição básica se define por paixão, que é a forma em que todos os
sentimentos que envolvem o amor estão bem latentes, estão a flor da pele. Mas
Amar é só isto? É só estas emoções? Estes instintos e desejos? Claramente não,
amar é muito mais, e só nos iremos aperceber disso quando uma relação for
duradoura, tiver passado por muitas etapas, umas muito boas outras mais
negativas, em que como é natural a paixão esmorece, fica como adormecida e
sentimos que não temos essa paixão. Será isso o fim? Novamente a resposta é
não, com o passar do tempo a relação se seguiu o seu rumo natural
consolidou-se, o amor está lá mas transformou-se, sentimos que queremos muito
aquela pessoa à nossa beira, temos uma confiança e sentimentos de lealdade e
fidelidade para com essa pessoa enorme, para além da cumplicidade e temos projetos
de vida em comum, isso é o AMOR.
Isso acontece as duas pessoas exatamente
ao mesmo tempo? Pode acontecer mas não tem que ser assim, cada um tem os ritmos
e as suas emoções bem como maneiras muito próprias de as viver, e por isso uma
das pessoas pode ter deixado de sentir aquela paixão naquele momento e a outra
ainda manter esse sentimento. Com isso quer-se dizer que um ama mais que o
outro, ou que um é mais leal que o outro? Obviamente que não, o Amor não se
mede, sente-se e se uma pessoa ama outra deve aceitar a maneira como a sente,
não tem que sentir que não merece a outra porque a outra a ama de maneira
diferente (que pode parecer maior) nada disso, deve sim amar, assumir que ama e
lutar para que esse amor seja forte e duradouro.
E como ficamos com a paixão? A paixão
por diversos motivos, profissionais, acontecimentos da vida que mexem com o
nosso psicológico, imensas coisas, pode esmorecer, pode adormecer, mas a
qualquer momento se houver vontade pode ser trabalhada e voltar, mas aí não
cabe a apenas um só, é um caminho que o casal deve percorrer junto e encontrar
esses momentos de paixão, e digo momentos porque podem de novo adormecer, mas
se encontrarmos o caminho uma vez, poderemos voltar a encontrar as vezes que
entendermos, porque no fundo a Paixão faz parte do AMOR e não o contrário.
Maneiras de reavivar a paixão,
de magnificar esses momentos de amor, são sem duvida o lutar por isso, mas sem
complicar, o procurar aproveitar cada momento junto, procurar fazer atividades
que realizem os dois, o passear de mão dada, o sair com amigos para tomar um
café, nos momentos em casa ser o mais natural nas suas atividades diárias, o
olhar para a outra pessoa com carinho e ao mesmo tempo mostrar que se gosta
dela, por vezes uma olhar maroto (que faço o outro sentir-se desejado) ajuda.
Fazer pequenas surpresas com regularidade, um pequeno-almoço na cama, um jantar
com luz de velas (mesmo que haja filhos, eles vão adorar também), ouvir um
pouco de musica os dois, conversar sobre banalidades, aproveitar num dia de
inverno para ver um filme juntos no sofá, todos esses momentos podem fazer a
paixão reavivar a qualquer momento porque unem as pessoas, e no fundo a paixão
é mesmo fruto dessa união, é o desejo incompreendido de querer estar com a
outra pessoa.
Por isso Amem-se, e se estão
naquele momento em que a paixão está adormecida não desistam nem pensem que
tudo acabou, abram o vosso coração mais que nunca a outra pessoa e trabalhem
por viver o melhor possível os vossos momentos e a paixão será reavivada de
certeza. Mas não se esqueçam, acima da paixão está o AMAR, e isso inclui
respeitar, ajudar, compreender, ser fiel, ser leal e sobretudo sendo livre
entregar-se ao outro.
domingo, janeiro 19, 2014
Felicidade, ambição e evolução
Felicidade é um conceito subjetivo, quase anárquico
pois não obedece a qualquer regra já que cada pessoa tem a sua própria
definição de felicidade. Pode mesmo ser ambíguo, a felicidade de uns pode ser
infelicidade para outros. No entanto a história do homem desde que é conhecido
como ser racional está definida como uma história de busca incessante da
Felicidade. Todo Homem quer ser feliz e os seus objetivos de vida são marcados
com o intuito de o conseguir.
Mas o que é que nos faz querer encontrar a
Felicidade? Na realidade tudo se resume a ambição de cada pessoa. E que é isso
da ambição? No fundo trata-se do desejo forte por conseguir obter fortuna,
glória, fama ou tudo aquilo que não se tenha até ao momento. Em regra diz-se
que as pessoas com fortes ambições são trabalhadoras, lutadoras, quase
guerreiras e que em casos extremos não olham a meios para atingir os seus fins.
O homem como ser que se encontra na face da terra
há milhares de anos, sempre foi movido pela ambição, e foi essa ambição que fez
o homem e as sociedades e culturas fossem evoluindo, assim podemos dizer que a
evolução é fruto da ambição. Nos últimos milénios a evolução do homem foi sem dúvida
explosiva, culturas como a egípcia, chinesa, grega, romana e algumas mais introduziram
pilares que fizeram as civilizações evoluírem até ao que somos hoje.
Mas porque é que o homem tinha a necessidade de
criar novas teorias e bens, porque tinha necessidade de evoluir, isso faz parte
da ambição de ser feliz, de encontrar o bem-estar de se sentir realizado em
todas as feições da sua vida.
Quer isto dizer que quanto mais ambicioso se for
mais feliz se será ou se atingirá a felicidade de uma maneira mais rápida? A
resposta é de todo negativa. A ambição é positiva para crescer, para querer
algo mais e evoluir, mas não é garantia para obter a felicidade, muito menos se
a ambição for desmesurada, a prova está que ao longo da historia a grande parte
das civilizações que referi anteriormente foram desmembradas e dizimadas pela
ambição interna, em que os seus próprios membros na anciã de poder deixaram de
pensar na felicidade como ato comunitário mas sim como egoísta procurando o seu
EU alimentando invejas e traindo os seus pares.
Por outro lado a mesma ambição desmesurada nos
dias de hoje faz com que as sociedades se esqueçam que vivem em sociedade e dos
princípios e valores do querer e viver pelos outros, trabalha-se em nome do
sucesso, vive-se em correria e azafamas por forma a ter cada vez mais bens
materiais, trabalha-se de sol a sol, e não valorizamos as pessoas, e sobretudo
as famílias, muitas vezes a tal ambição faz com que nem sequer se queira ter família,
não estou aqui a querer julgar isso, nem fazer qualquer julgamento de juízo mas
a constatar que isto é fruto da ambição. Já ouvi por diversas vezes pessoas
dizerem que têm sucesso profissional, têm imensos bens materiais de imenso
valor e que alguns nem sonham poder vir a ter e ao fim dizerem que mesmo assim
não conseguem ser felizes. Ainda assim a sua ambição dita-lhes que se
conseguirem algo mais irão encontrar a felicidade que não têm.
É este apego desmesurado que corrói a nossa
sociedade, cada vez temos mais coisas, mais dinheiro (apesar de hoje em dia e
sobretudo no caso de Portugal vivermos épocas especialmente difíceis por culpa
de (des)governantes que temos e tivemos) e ainda assim nunca estamos
satisfeitos.
A felicidade não está na quantidade de coisas que
temos, nem no estatuto ou poder que obtivemos mas sim no valor que atribuímos as
coisas e sobretudo a VIDA. Lembro-me da história de um “velhinho” que no seu
leito de morte e rodeado pela sua família, esposa, filhos e netos dizia:
“- Não fiqueis tristes por eu partir, durante 40
anos trabalhei para o mesmo patrão, a fazer a mesma coisa, dia após dia, após
isso dediquei-me a tratar dos nossos campos até hoje, não viajei muito, e o que
conheci foi o que a vida me proporcionou, no entanto sinto que tive uma vida
plena, vivi com uma mulher que dedicou a sua vida a trabalhar, e a sua família,
tivemos os nossos filhos que vi crescerem e tornarem-se adultos e pessoas de
bem e trabalhadoras, tenho netos lindos, com o fruto do meu trabalho e da minha
amada esposa nunca vos deixamos passar fome. Não tivemos riquezas, nem grandes
bens, mas sempre que as dificuldades surgiram apoiamo-nos mutuamente e cada
momento que passamos juntos foram momentos únicos, umas vezes rindo, outras
chorando, mas únicos e com aqueles que me amavam incondicionalmente, por isso
agora na hora de partir posso dizer que FUI FELIZ. Fui feliz pela esposa que
tive, e não pelas que não tive, fui feliz pelos filhos que tive, pela vida que
tive enfim fui feliz por cada momento que vivi. Por isso não fiqueis tristes
mas sim felizes pelos momentos únicos e inesquecíveis que me proporcionastes.
Por isso o meu sincero Obrigado!”
Para os mais materialistas podem dizer que este
senhor não tinha ambição na sua vida, mas se lermos com atenção ele foi dos
mais ambiciosos, a ambição dele foi valorizar os momentos que viveu e as
pessoas que amou, tudo isso lhe proporcionou a felicidade, não precisou de
grandes bens, nem de poder, apenas necessitou de se valorizar a si e a vida que
teve.
Então podemos dizer que a felicidade depende da
ambição e por conseguinte provoca a evolução, mas não é a ambição por poder ou
por ter cada vez mais, mas sim ambicionar sentir cada momento com intensidade,
valorizar esses momentos, valorizar o que temos em nossa posse e as pessoas que
temos e que cada dia mostram que nos amam. Se valorizar-mos mais as pessoas que
não temos e os bens que não temos em detrimento daqueles que temos chegaremos
ao fim da vida com a sensação que perdemos o tempo em busca de algo inalcançável,
ou que a felicidade não existe, quando na realidade fomos nós que não soubemos vê-la.
Assim vivam, amem e desfrutem de tudo que os
rodeia, de quem os ama e tudo faz para cada dia para o demonstrar, não tenham
medo de ter mais, mas não sofram se não o obtiverem, ser feliz está em
desfrutar no que se tem. Se forem conscientes disso estarão mais próximos da
felicidade seja qual for a sua definição.
quarta-feira, janeiro 15, 2014
Emoções
Emoções, todos as sentimos, todos as
vivemos, ainda que cada um à sua maneira, pois varia consoante o temperamento,
a personalidade e até a motivação de cada pessoa. As emoções são as que nos
levam a rir, chorar, comer, abraçar, correr e saltar, enfim são as que nos
impulsionam no dia-a-dia, mas ao mesmo tempo todas as nossas acções e ou
estímulos exteriores fazem com que se gerem em nós novas emoções, demonstrando
assim que as emoções e as acções estão interligadas e existem em ciclo, uns
dependem dos outros assim como uns influenciam os outros.
No campo das relações interpessoais as
emoções têm um papel preponderante, são as emoções que nos dão uma perspectiva
sobre as pessoas, numa primeira fase serão as emoções intuitivas, em que a
intuição joga um papel fundamental nos primeiros contactos, no entanto as
sensações que vamos obtendo conforme vamos conhecendo as pessoas e
relacionando-nos com elas convertem as emoções em emoções cognitivas, e na
realidade estas serão muito mais validas que as emoções intuitivas, obviamente
teremos amigos e pessoas que desde o primeiro momento gostamos ou não apenas
pela nossa intuição e assim se manterá, mas também muitas vezes com o conviver
e dia a dia as emoções cognitivas mostram-nos perspectivas diferentes das
pessoas ou então e, se calhar em muitos casos, mais importante realçam e
aumentam as primeiras emoções.
Durante a o desenvolver das relações todos
os dias (para não dizer a todas as horas, ou mesmo a todos os segundos) vão-se
vivendo emoções cada vez mais fortes, e essas emoções são as que fazem querer ter
as outras pessoas perto de nós. Quando estamos perante um verdadeiro amigo
sentimos confiança, confiança nessa pessoa mas também em nós, sentimos que
podemos partilhar e que essa pessoa faz parte da tua vida porque quer, porque
sente as mesmas emoções, e não porque espera algo em troca, não se faz algo à
espera de gratidão, mas porque vamos ajudar alguém que é importante para nós e
só por si as emoções sentidas nisso são tremendamente gratificantes. Isso é sem
duvida a verdadeira amizade, saber que podes contar com o Amigo apenas pelo
amor-amigo (peço desculpa pela utilização deste termo utilizado, por uma pessoa
que me inspirou, num seu artigo).
No entanto as emoções mais fortes são as
vividas em dois tipos de relações, uma e a primeira e que se dá a nascença é a
relação paterno-filial, em que Pais e Filhos têm laços que os unirão para o
resto da vida (ou assim deveria ser partindo do suposto que todos são humanos e
com sentimentos humanos), o primeiro colo que um pai/mãe dá aos seus filhos é indescritivelmente
um momento cheio de emoções e que ninguém poderá roubar ou destruir, e desde aí
ao longo da vida nessa relação serão vividas emoções que levarão ao
desenvolvimento social dessas pessoas de uma forma madura, não só aos filhos
mas também aos pais, pois apesar de os pais terem que ensinar muito aos filhos
os pais também aprendem muito com os filhos. O outro tipo de relação em que são
vivenciadas emoções muito fortes são as relações de casal, para alguns podem
ser fortes num primeiro instante para outros será ao longo do desenvolvimento
da relação, com isto não quer dizer que uma seja mais intensa que outra, apenas
que se inicia de maneira diferente. Essas emoções fortes vividas num casal são
sem dúvida as que fazem com que esse casal queira ter projectos em conjunto,
desenvolver uma vida juntos e caminhar de mãos dadas. A emoção mais forte entre
um casal sem dúvida é a paixão, e essa não se pode fingir, sente-se, vive-se e
não é uma forma diferente de amar, é sim uma parte do Amor.
Com o tempo as relações vão crescendo
evoluindo, e algumas emoções transformam-se, mas é uma transformação evolutiva
que tal como o homem evolui os seus sentimentos e emoções também o fazem, e isso
não significa que se deixou de amar, ou que foi de inicio acabou, ou que até
nunca existiu, nada disso, apenas o tempo com as vicissitudes da vida e porque
a memória de cada pessoa não tem um registo infinito fez esconder no baú das recordações
nem nos lembramos do que sentimos, daquelas emoções e sensações que te
motivavam cada dia e que eram tremendamente intensas e fortes e que te faziam
lutar a cada dia por essa relação. Significa isso que não se poderá voltar a
sentir essas emoções? Claro que não, cada relação deve ser trabalhada dia a dia
para que se mantenha ao longo da vida, e numa relação de casal isso está muito
mais patente e se “for trabalhada no sentido de trazer o melhor para ambos de
uma forma que seja agradável para ambos e que respeite a individualidade de
cada um…meus amigos, não só o amor se transforma naquelas pilhas que eram publicitadas
e se dizia duravam e duravam e duravam, como até a paixão volta em todo seu esplendor.”
(Pratas, Sónia, 2013:137).
Isto quer dizer que mesmo que por vezes os
casais se esqueçam do que viveram, das emoções que sentiram, mas estiverem
decididos a trabalhar e conjunto por si poderão voltar a viver emoções
tremendamente fortes e intensas, que podem não ser as mesmas mas serão sem dúvida
da mesma consistência, ou talvez ainda mais consistente pois nasce “da
felicidade que sentimos por termos alguém a nosso lado mas continuarmos a ser
nós próprios e a viver novos desafios, canalizando todo nosso amor e todo nosso
desejo que ainda sobra de todas as nossas atividades direitinho para aquela
pessoa” (Pratas, Sónia, 2013:137).
Obviamente ao longo das relações haverá
momentos em que acontecimentos como sejam as brigas, o stress profissional,
frustrações que a própria vida da sociedade nos vai provocando, ou até mesmo
acontecimentos que têm a ver apenas com uma das pessoas mas que mexe e
influencia negativamente nessa pessoa coloca em causa tudo isso, mas cabe a
cada um reflexionar e tentar chegar ao seu eu interior que fez viver tudo que
se referiu atrás, avaliar e ver que se antes foi feliz e estabeleceu essa
relação será importante trabalhar e lutar por que isso volte e em vez de
guardar no baú da memória o bom que vivemos, devemos guardar no baú o que nos
aflige e ter bem presente as recordações positivas e que nos transmitem felicidade.
Tudo isto pode parecer redundante e repetitivo mas não o é, ou pelo menos não
dessa maneira, é repetitivo porque o ciclo das relações é repetitivo, tem altos
e baixos, e cabe-nos a nós aproveitar os altos e alimenta-los e nos baixos
trabalhar para regressar aos altos e isso aplica-se a todas as relações, não
apenas as de casal, a todas. Devemos derrubar os obstáculos que nos bloqueiam
quando estamos em baixo e nos distanciam, e levantar o forte que une as
pessoas e que as aproxime.
Vive as emoções em cada dia, desfruta-as, as emoções que vives hoje amanha não serão iguais, por isso desfruta cada momento, pensa num dia de cada vez, tentar viver emoções do passado pode ser frustrante por não conseguir e tentar saber as emoções de amanha pode ser uma desilusão, por isso o verdadeiramente importante é o que sente hoje e as emoções que vives hoje. Sê feliz com o que tens, e não infeliz pelo que te falta, ao fim e ao cabo se não o tens e és capaz de viver se calhar não te falta de verdade.
Vive as emoções em cada dia, desfruta-as, as emoções que vives hoje amanha não serão iguais, por isso desfruta cada momento, pensa num dia de cada vez, tentar viver emoções do passado pode ser frustrante por não conseguir e tentar saber as emoções de amanha pode ser uma desilusão, por isso o verdadeiramente importante é o que sente hoje e as emoções que vives hoje. Sê feliz com o que tens, e não infeliz pelo que te falta, ao fim e ao cabo se não o tens e és capaz de viver se calhar não te falta de verdade.
Bibliografia:
Pratas, Sónia, (2013). Aquilo que faltava saber sobre o amor. Chiado Editora
segunda-feira, janeiro 13, 2014
Caminhar em frente
Há já muito tempo que não escrevo por aqui, por razões que agora não interessam desliguei-me um pouco da escrita, do valor de colocar os meus pensamentos no papel (ainda que seja neste papel digital).
A vida é dura, disso ninguém duvida, para uns porque ganham pouco dinheiro, outros porque ganham muito mas querem ganhar mais, outros porque não ganham nenhum, outros porque não têm o que outros têm e muitos, mesmo muitos porque não têm nada. A questão verdadeira está no não ter nada, será que há mesmo alguém que não tenha rigorosamente nada? Duvido, todos nós desde que nascemos vamos adquirindo experiências de vida, numa primeira fase cognitiva vamos aprendendo por observação, vemos algo e repetimos para fazer igual, mais tarde numa fase de desenvolvimento superior fazemos por tentativa-erro, ou seja fazemos algo por forma a fazer sem erro, e se erramos fazemos de outra forma para não voltar a dar o mesmo erro até que a coisa fique direitinha. Todo este conjunto de aprendizagens são experiências de vida, e isso ninguém nos pode tirar, e assim sendo não podemos dizer que não temos nada, temos experiências que nos podem ajudar a desenvolver e que nos pode ajudar a ultrapassar certos bloqueios.
Como poderemos fazer para ultrapassar isso, é simples (ou não tanto) devemos CAMINHAR EM FRENTE. O passado apenas nos serve para não cometer erros que cometemos anteriormente, ou seja para evidenciarmos as nossas experiências de forma a seguir em frente.
Contudo as experiências não servem de nada se não as relacionarmos com as relações pessoais, ou seja para que as nossas experiências e conhecimentos sirvam de algo devemos trabalhar para que sirvam para alguém, em sociedade é assim que deve funcionar, mas não devemos ceder as experiências à espera de receber nada em troca, pelo menos não a curto prazo, mas sim para evoluir e obter novos conhecimentos que os relacionamentos nos trazem. Mas como poderemos fazer ver a alguém que as nossas experiências são validas, que servem para algo e que podem ajudar os outros?? Aí entra um factor muito importante em nós próprios, a nossa Auto-Estima e amor-próprio, temos que ter esses valores em níveis medianamente elevados para poder mostrar convicção na defesa dos nossos ideais e ideias. A auto-estima e o amor-próprio funcionam como um motor que desenvolve toda a nossa actividade e que nos faz evoluir de maneira sustentável. E esse motor depende sobre tudo de nós mesmos, se nós não quisermos e lutarmos por esse motor trabalhar ninguém por si só o fará. Aqui pode-se aplicar o Ama a vida mas primeiro ama-te a ti mesmo" mas sem qualquer tipo de egocentrismo.
Contudo existem sempre momentos na vida que a auto-estima e o amor-próprio serão abalados, uns mais cedo, outro mais tarde mas sempre existirá esse momento e por vezes em vários momentos, e aqui cabe aos amigos e sobretudo aos que amamos um papel fundamental, esse papel tem a ver com a atenção prestada, prestar atenção a alguém, escuta-la, sentir com esse alguém as suas dificuldades, o simples pensar nesse alguém e comunicar-lhe isso é o combustível que alimenta esse motor que é a auto-estima e amor-próprio. Quando se diz prestar atenção não é concentrar-nos em alguém, isso poderia ser obsessivo, mas sim pensar e fazer com que esse alguém se sinta querido, desejado (em qualquer forma de desejo, companheirismo, amizade, amor de casal, qualquer) e sobretudo admirado.No fundo a auto-estima é o motor da vida e o Amor é o combustível que o alimenta, e isto é assim desde criança até ao fim da vida.
Fica patente assim que é importante seguir em frente e Caminhar em frente, para isso faz falta fazê-lo com auto-estima e para isso que exista atenção e amor (seja Amor-amigo, amor de casal, amor paterno-filial).
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