terça-feira, janeiro 28, 2014

Explosão de sentimentos

Apesar de diversos artigos que tenho em trabalho, hoje não escrevo bem um artigo, hoje escrevo mais sentimentos. Estou farto de pensar, de ter a cabeça a trabalhar a uma velocidade de cruzeiro, farto de tentar entender coisas que não são fáceis de entender, farto de tentar fazer entender coisas que estão a vista, mas que o coração com a emoção esconde da razão. Estou farto de me lembrar do que os outros não se lembram. Os sentimentos são complexos, misturam-se com a razão e nublam-nos a visão, fazem-nos esquecer o que já sentimos, fazem-nos viver nas sombras no negativo das memórias, em vez de nos trazer a felicidade pela beleza dos bons sentimentos passados. 
Estou farto de parecer adormecido quando na realidade tenho um leão dentro cheio de vontade de rugir e abafar todos os males. Estou farto de estar em terra a perto de quem não se interessa em vez de voar nas asas de uma águia capaz de me levar ao céu livre e apaixonante. 
Sinto o meu coração latir com força mas com receio de perder o que tanto trabalho deu conquistar, ou será que foi ele o conquistado? Uma dúvida que nem a razão sabe responder. 
Quero o sol, quero explodir de emoção, ver olhos a brilhar com os raios solares que entram pelos olhos e aquecem o coração, que aquecem a alma e nos mostram o caminho da Felicidade que anula a dor e o sofrimento. 
Peço a razão que me deixe ser livre, que não me prenda as sensações e as emoções do coração. Será que ela me escuta? Não sei. Amo a vida, amo os meus pais, amo a minha mulher e a minha lindíssima filha. No fundo todos os sentimentos fazem-me parecer perdido, mas na realidade apenas estou adormecido.

sexta-feira, janeiro 24, 2014

ABRIR O CORAÇÃO – AMAR VS PAIXÃO

Hoje em dia vivemos numa sociedade que complica em demasia as relações, por um lado porque as pessoas relacionam-se mais com o trabalho e com a vida profissional que com as próprias famílias e/ou relações sentimentais, por outro porque as tecnologias têm roubado o olhos nos olhos que é tão importante na hora de comunicar e de abrir o coração, sendo essa uma das premissas indispensáveis do amor, e por essa razão também das relações.
Ninguém pode amar outro se não for capaz de lhe abrir o coração, dizer o que sente e o que pensa para que a outra pessoa faça o mesmo. Uma relação baseada apenas na atracção e no desejo, aqui falo claramente numa relação amorosa de casal, tenderá ao fracasso se o casal não aprender a comunicar, a abrir o coração e se não forem puros, leais, francos um com o outro.
Obviamente que numa relação forte deste tipo tudo nasce com a conjugação de atração, desejo, uma certa adoração, o ritmo coração e a vontade de estar sempre com a pessoa elevados, que numa definição básica se define por paixão, que é a forma em que todos os sentimentos que envolvem o amor estão bem latentes, estão a flor da pele. Mas Amar é só isto? É só estas emoções? Estes instintos e desejos? Claramente não, amar é muito mais, e só nos iremos aperceber disso quando uma relação for duradoura, tiver passado por muitas etapas, umas muito boas outras mais negativas, em que como é natural a paixão esmorece, fica como adormecida e sentimos que não temos essa paixão. Será isso o fim? Novamente a resposta é não, com o passar do tempo a relação se seguiu o seu rumo natural consolidou-se, o amor está lá mas transformou-se, sentimos que queremos muito aquela pessoa à nossa beira, temos uma confiança e sentimentos de lealdade e fidelidade para com essa pessoa enorme, para além da cumplicidade e temos projetos de vida em comum, isso é o AMOR.
Isso acontece as duas pessoas exatamente ao mesmo tempo? Pode acontecer mas não tem que ser assim, cada um tem os ritmos e as suas emoções bem como maneiras muito próprias de as viver, e por isso uma das pessoas pode ter deixado de sentir aquela paixão naquele momento e a outra ainda manter esse sentimento. Com isso quer-se dizer que um ama mais que o outro, ou que um é mais leal que o outro? Obviamente que não, o Amor não se mede, sente-se e se uma pessoa ama outra deve aceitar a maneira como a sente, não tem que sentir que não merece a outra porque a outra a ama de maneira diferente (que pode parecer maior) nada disso, deve sim amar, assumir que ama e lutar para que esse amor seja forte e duradouro.
E como ficamos com a paixão? A paixão por diversos motivos, profissionais, acontecimentos da vida que mexem com o nosso psicológico, imensas coisas, pode esmorecer, pode adormecer, mas a qualquer momento se houver vontade pode ser trabalhada e voltar, mas aí não cabe a apenas um só, é um caminho que o casal deve percorrer junto e encontrar esses momentos de paixão, e digo momentos porque podem de novo adormecer, mas se encontrarmos o caminho uma vez, poderemos voltar a encontrar as vezes que entendermos, porque no fundo a Paixão faz parte do AMOR e não o contrário.
Maneiras de reavivar a paixão, de magnificar esses momentos de amor, são sem duvida o lutar por isso, mas sem complicar, o procurar aproveitar cada momento junto, procurar fazer atividades que realizem os dois, o passear de mão dada, o sair com amigos para tomar um café, nos momentos em casa ser o mais natural nas suas atividades diárias, o olhar para a outra pessoa com carinho e ao mesmo tempo mostrar que se gosta dela, por vezes uma olhar maroto (que faço o outro sentir-se desejado) ajuda. Fazer pequenas surpresas com regularidade, um pequeno-almoço na cama, um jantar com luz de velas (mesmo que haja filhos, eles vão adorar também), ouvir um pouco de musica os dois, conversar sobre banalidades, aproveitar num dia de inverno para ver um filme juntos no sofá, todos esses momentos podem fazer a paixão reavivar a qualquer momento porque unem as pessoas, e no fundo a paixão é mesmo fruto dessa união, é o desejo incompreendido de querer estar com a outra pessoa.

Por isso Amem-se, e se estão naquele momento em que a paixão está adormecida não desistam nem pensem que tudo acabou, abram o vosso coração mais que nunca a outra pessoa e trabalhem por viver o melhor possível os vossos momentos e a paixão será reavivada de certeza. Mas não se esqueçam, acima da paixão está o AMAR, e isso inclui respeitar, ajudar, compreender, ser fiel, ser leal e sobretudo sendo livre entregar-se ao outro.

domingo, janeiro 19, 2014

Felicidade, ambição e evolução

Felicidade é um conceito subjetivo, quase anárquico pois não obedece a qualquer regra já que cada pessoa tem a sua própria definição de felicidade. Pode mesmo ser ambíguo, a felicidade de uns pode ser infelicidade para outros. No entanto a história do homem desde que é conhecido como ser racional está definida como uma história de busca incessante da Felicidade. Todo Homem quer ser feliz e os seus objetivos de vida são marcados com o intuito de o conseguir.
Mas o que é que nos faz querer encontrar a Felicidade? Na realidade tudo se resume a ambição de cada pessoa. E que é isso da ambição? No fundo trata-se do desejo forte por conseguir obter fortuna, glória, fama ou tudo aquilo que não se tenha até ao momento. Em regra diz-se que as pessoas com fortes ambições são trabalhadoras, lutadoras, quase guerreiras e que em casos extremos não olham a meios para atingir os seus fins.
O homem como ser que se encontra na face da terra há milhares de anos, sempre foi movido pela ambição, e foi essa ambição que fez o homem e as sociedades e culturas fossem evoluindo, assim podemos dizer que a evolução é fruto da ambição. Nos últimos milénios a evolução do homem foi sem dúvida explosiva, culturas como a egípcia, chinesa, grega, romana e algumas mais introduziram pilares que fizeram as civilizações evoluírem até ao que somos hoje.
Mas porque é que o homem tinha a necessidade de criar novas teorias e bens, porque tinha necessidade de evoluir, isso faz parte da ambição de ser feliz, de encontrar o bem-estar de se sentir realizado em todas as feições da sua vida.
Quer isto dizer que quanto mais ambicioso se for mais feliz se será ou se atingirá a felicidade de uma maneira mais rápida? A resposta é de todo negativa. A ambição é positiva para crescer, para querer algo mais e evoluir, mas não é garantia para obter a felicidade, muito menos se a ambição for desmesurada, a prova está que ao longo da historia a grande parte das civilizações que referi anteriormente foram desmembradas e dizimadas pela ambição interna, em que os seus próprios membros na anciã de poder deixaram de pensar na felicidade como ato comunitário mas sim como egoísta procurando o seu EU alimentando invejas e traindo os seus pares.
Por outro lado a mesma ambição desmesurada nos dias de hoje faz com que as sociedades se esqueçam que vivem em sociedade e dos princípios e valores do querer e viver pelos outros, trabalha-se em nome do sucesso, vive-se em correria e azafamas por forma a ter cada vez mais bens materiais, trabalha-se de sol a sol, e não valorizamos as pessoas, e sobretudo as famílias, muitas vezes a tal ambição faz com que nem sequer se queira ter família, não estou aqui a querer julgar isso, nem fazer qualquer julgamento de juízo mas a constatar que isto é fruto da ambição. Já ouvi por diversas vezes pessoas dizerem que têm sucesso profissional, têm imensos bens materiais de imenso valor e que alguns nem sonham poder vir a ter e ao fim dizerem que mesmo assim não conseguem ser felizes. Ainda assim a sua ambição dita-lhes que se conseguirem algo mais irão encontrar a felicidade que não têm.
É este apego desmesurado que corrói a nossa sociedade, cada vez temos mais coisas, mais dinheiro (apesar de hoje em dia e sobretudo no caso de Portugal vivermos épocas especialmente difíceis por culpa de (des)governantes que temos e tivemos) e ainda assim nunca estamos satisfeitos.
A felicidade não está na quantidade de coisas que temos, nem no estatuto ou poder que obtivemos mas sim no valor que atribuímos as coisas e sobretudo a VIDA. Lembro-me da história de um “velhinho” que no seu leito de morte e rodeado pela sua família, esposa, filhos e netos dizia:
“- Não fiqueis tristes por eu partir, durante 40 anos trabalhei para o mesmo patrão, a fazer a mesma coisa, dia após dia, após isso dediquei-me a tratar dos nossos campos até hoje, não viajei muito, e o que conheci foi o que a vida me proporcionou, no entanto sinto que tive uma vida plena, vivi com uma mulher que dedicou a sua vida a trabalhar, e a sua família, tivemos os nossos filhos que vi crescerem e tornarem-se adultos e pessoas de bem e trabalhadoras, tenho netos lindos, com o fruto do meu trabalho e da minha amada esposa nunca vos deixamos passar fome. Não tivemos riquezas, nem grandes bens, mas sempre que as dificuldades surgiram apoiamo-nos mutuamente e cada momento que passamos juntos foram momentos únicos, umas vezes rindo, outras chorando, mas únicos e com aqueles que me amavam incondicionalmente, por isso agora na hora de partir posso dizer que FUI FELIZ. Fui feliz pela esposa que tive, e não pelas que não tive, fui feliz pelos filhos que tive, pela vida que tive enfim fui feliz por cada momento que vivi. Por isso não fiqueis tristes mas sim felizes pelos momentos únicos e inesquecíveis que me proporcionastes. Por isso o meu sincero Obrigado!”
Para os mais materialistas podem dizer que este senhor não tinha ambição na sua vida, mas se lermos com atenção ele foi dos mais ambiciosos, a ambição dele foi valorizar os momentos que viveu e as pessoas que amou, tudo isso lhe proporcionou a felicidade, não precisou de grandes bens, nem de poder, apenas necessitou de se valorizar a si e a vida que teve.
Então podemos dizer que a felicidade depende da ambição e por conseguinte provoca a evolução, mas não é a ambição por poder ou por ter cada vez mais, mas sim ambicionar sentir cada momento com intensidade, valorizar esses momentos, valorizar o que temos em nossa posse e as pessoas que temos e que cada dia mostram que nos amam. Se valorizar-mos mais as pessoas que não temos e os bens que não temos em detrimento daqueles que temos chegaremos ao fim da vida com a sensação que perdemos o tempo em busca de algo inalcançável, ou que a felicidade não existe, quando na realidade fomos nós que não soubemos vê-la.

Assim vivam, amem e desfrutem de tudo que os rodeia, de quem os ama e tudo faz para cada dia para o demonstrar, não tenham medo de ter mais, mas não sofram se não o obtiverem, ser feliz está em desfrutar no que se tem. Se forem conscientes disso estarão mais próximos da felicidade seja qual for a sua definição.

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Emoções

Emoções, todos as sentimos, todos as vivemos, ainda que cada um à sua maneira, pois varia consoante o temperamento, a personalidade e até a motivação de cada pessoa. As emoções são as que nos levam a rir, chorar, comer, abraçar, correr e saltar, enfim são as que nos impulsionam no dia-a-dia, mas ao mesmo tempo todas as nossas acções e ou estímulos exteriores fazem com que se gerem em nós novas emoções, demonstrando assim que as emoções e as acções estão interligadas e existem em ciclo, uns dependem dos outros assim como uns influenciam os outros.

No campo das relações interpessoais as emoções têm um papel preponderante, são as emoções que nos dão uma perspectiva sobre as pessoas, numa primeira fase serão as emoções intuitivas, em que a intuição joga um papel fundamental nos primeiros contactos, no entanto as sensações que vamos obtendo conforme vamos conhecendo as pessoas e relacionando-nos com elas convertem as emoções em emoções cognitivas, e na realidade estas serão muito mais validas que as emoções intuitivas, obviamente teremos amigos e pessoas que desde o primeiro momento gostamos ou não apenas pela nossa intuição e assim se manterá, mas também muitas vezes com o conviver e dia a dia as emoções cognitivas mostram-nos perspectivas diferentes das pessoas ou então e, se calhar em muitos casos,  mais importante realçam e aumentam as primeiras emoções.

Durante a o desenvolver das relações todos os dias (para não dizer a todas as horas, ou mesmo a todos os segundos) vão-se vivendo emoções cada vez mais fortes, e essas emoções são as que fazem querer ter as outras pessoas perto de nós. Quando estamos perante um verdadeiro amigo sentimos confiança, confiança nessa pessoa mas também em nós, sentimos que podemos partilhar e que essa pessoa faz parte da tua vida porque quer, porque sente as mesmas emoções, e não porque espera algo em troca, não se faz algo à espera de gratidão, mas porque vamos ajudar alguém que é importante para nós e só por si as emoções sentidas nisso são tremendamente gratificantes. Isso é sem duvida a verdadeira amizade, saber que podes contar com o Amigo apenas pelo amor-amigo (peço desculpa pela utilização deste termo utilizado, por uma pessoa que me inspirou, num seu artigo). 

No entanto as emoções mais fortes são as vividas em dois tipos de relações, uma e a primeira e que se dá a nascença é a relação paterno-filial, em que Pais e Filhos têm laços que os unirão para o resto da vida (ou assim deveria ser partindo do suposto que todos são humanos e com sentimentos humanos), o primeiro colo que um pai/mãe dá aos seus filhos é indescritivelmente um momento cheio de emoções e que ninguém poderá roubar ou destruir, e desde aí ao longo da vida nessa relação serão vividas emoções que levarão ao desenvolvimento social dessas pessoas de uma forma madura, não só aos filhos mas também aos pais, pois apesar de os pais terem que ensinar muito aos filhos os pais também aprendem muito com os filhos. O outro tipo de relação em que são vivenciadas emoções muito fortes são as relações de casal, para alguns podem ser fortes num primeiro instante para outros será ao longo do desenvolvimento da relação, com isto não quer dizer que uma seja mais intensa que outra, apenas que se inicia de maneira diferente. Essas emoções fortes vividas num casal são sem dúvida as que fazem com que esse casal queira ter projectos em conjunto, desenvolver uma vida juntos e caminhar de mãos dadas. A emoção mais forte entre um casal sem dúvida é a paixão, e essa não se pode fingir, sente-se, vive-se e não é uma forma diferente de amar, é sim uma parte do Amor.

Com o tempo as relações vão crescendo evoluindo, e algumas emoções transformam-se, mas é uma transformação evolutiva que tal como o homem evolui os seus sentimentos e emoções também o fazem, e isso não significa que se deixou de amar, ou que foi de inicio acabou, ou que até nunca existiu, nada disso, apenas o tempo com as vicissitudes da vida e porque a memória de cada pessoa não tem um registo infinito fez esconder no baú das recordações nem nos lembramos do que sentimos, daquelas emoções e sensações que te motivavam cada dia e que eram tremendamente intensas e fortes e que te faziam lutar a cada dia por essa relação. Significa isso que não se poderá voltar a sentir essas emoções? Claro que não, cada relação deve ser trabalhada dia a dia para que se mantenha ao longo da vida, e numa relação de casal isso está muito mais patente e se “for trabalhada no sentido de trazer o melhor para ambos de uma forma que seja agradável para ambos e que respeite a individualidade de cada um…meus amigos, não só o amor se transforma naquelas pilhas que eram publicitadas e se dizia duravam e duravam e duravam, como até a paixão volta em todo seu esplendor.” (Pratas, Sónia, 2013:137).

Isto quer dizer que mesmo que por vezes os casais se esqueçam do que viveram, das emoções que sentiram, mas estiverem decididos a trabalhar e conjunto por si poderão voltar a viver emoções tremendamente fortes e intensas, que podem não ser as mesmas mas serão sem dúvida da mesma consistência, ou talvez ainda mais consistente pois nasce “da felicidade que sentimos por termos alguém a nosso lado mas continuarmos a ser nós próprios e a viver novos desafios, canalizando todo nosso amor e todo nosso desejo que ainda sobra de todas as nossas atividades direitinho para aquela pessoa” (Pratas, Sónia, 2013:137).

Obviamente ao longo das relações haverá momentos em que acontecimentos como sejam as brigas, o stress profissional, frustrações que a própria vida da sociedade nos vai provocando, ou até mesmo acontecimentos que têm a ver apenas com uma das pessoas mas que mexe e influencia negativamente nessa pessoa coloca em causa tudo isso, mas cabe a cada um reflexionar e tentar chegar ao seu eu interior que fez viver tudo que se referiu atrás, avaliar e ver que se antes foi feliz e estabeleceu essa relação será importante trabalhar e lutar por que isso volte e em vez de guardar no baú da memória o bom que vivemos, devemos guardar no baú o que nos aflige e ter bem presente as recordações positivas e que nos transmitem felicidade. Tudo isto pode parecer redundante e repetitivo mas não o é, ou pelo menos não dessa maneira, é repetitivo porque o ciclo das relações é repetitivo, tem altos e baixos, e cabe-nos a nós aproveitar os altos e alimenta-los e nos baixos trabalhar para regressar aos altos e isso aplica-se a todas as relações, não apenas as de casal, a todas. Devemos derrubar os obstáculos que nos bloqueiam quando estamos em baixo e nos distanciam, e levantar o forte que une as pessoas e que as aproxime.

Vive as emoções em cada dia, desfruta-as, as emoções que vives hoje amanha não serão iguais, por isso desfruta cada momento, pensa num dia de cada vez, tentar viver emoções do passado pode ser frustrante por não conseguir e tentar saber as emoções de amanha pode ser uma desilusão, por isso o verdadeiramente importante é o que sente hoje e as emoções que vives hoje. Sê feliz com o que tens, e não infeliz pelo que te falta, ao fim e ao cabo se não o tens e és capaz de viver se calhar não te falta de verdade.

Bibliografia:

Pratas, Sónia, (2013). Aquilo que faltava saber sobre o amor. Chiado Editora

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Caminhar em frente

    Há já muito tempo que não escrevo por aqui, por razões que agora não interessam desliguei-me um pouco da escrita, do valor de colocar os meus pensamentos no papel (ainda que seja neste papel digital).
    A vida é dura, disso ninguém duvida, para uns porque ganham pouco dinheiro, outros porque ganham muito mas querem ganhar mais, outros porque não ganham nenhum, outros porque não têm o que outros têm e muitos, mesmo muitos porque não têm nada. A questão verdadeira está no não ter nada, será que há mesmo alguém que não tenha rigorosamente nada? Duvido, todos nós desde que nascemos vamos adquirindo experiências de vida, numa primeira fase cognitiva vamos aprendendo por observação, vemos algo e repetimos para fazer igual, mais tarde numa fase de desenvolvimento superior fazemos por tentativa-erro, ou seja fazemos algo por forma a fazer sem erro, e se erramos fazemos de outra forma para não voltar a dar o mesmo erro até que a coisa fique direitinha. Todo este conjunto de aprendizagens são experiências de vida, e isso ninguém nos pode tirar, e assim sendo não podemos dizer que não temos nada, temos experiências que nos podem ajudar a desenvolver  e que nos pode ajudar a ultrapassar certos bloqueios.
    Como poderemos fazer para ultrapassar isso, é simples (ou não tanto) devemos CAMINHAR EM FRENTE. O passado apenas nos serve para não cometer erros que cometemos anteriormente, ou seja para evidenciarmos as nossas experiências de forma a seguir em frente.
    Contudo as experiências não servem de nada se não as relacionarmos com as relações pessoais, ou seja para que as nossas experiências e conhecimentos sirvam de algo devemos trabalhar para que sirvam para alguém, em sociedade é assim que deve funcionar, mas não devemos ceder as experiências à espera de receber nada em troca, pelo menos não a curto prazo, mas sim para evoluir e obter novos conhecimentos que os relacionamentos nos trazem. Mas como poderemos fazer ver a alguém que as nossas experiências são validas, que servem para algo e que podem ajudar os outros?? Aí entra um factor muito importante em nós próprios, a nossa Auto-Estima e amor-próprio, temos que ter esses valores em níveis medianamente elevados para poder mostrar convicção na defesa dos nossos ideais e ideias. A auto-estima e o amor-próprio funcionam como um motor que desenvolve toda a nossa actividade e que nos faz evoluir de maneira sustentável. E esse motor depende sobre tudo de nós mesmos, se nós não quisermos e lutarmos por esse motor trabalhar ninguém por si só o fará. Aqui pode-se aplicar o Ama a vida mas primeiro ama-te a ti mesmo" mas sem qualquer tipo de egocentrismo.
    Contudo existem sempre momentos na vida que a auto-estima e o amor-próprio serão abalados, uns mais cedo, outro mais tarde mas sempre existirá esse momento e por vezes em vários momentos, e aqui cabe aos amigos e sobretudo aos que amamos um papel fundamental, esse papel tem a ver com a atenção prestada, prestar atenção a alguém, escuta-la, sentir com esse alguém as suas dificuldades, o simples pensar nesse alguém e comunicar-lhe isso é o combustível que alimenta esse motor que é a auto-estima e amor-próprio. Quando se diz prestar atenção não é concentrar-nos em alguém, isso poderia ser obsessivo, mas sim pensar e fazer com que esse alguém se sinta querido, desejado (em qualquer forma de desejo, companheirismo, amizade, amor de casal, qualquer) e sobretudo admirado.No fundo a auto-estima é o motor da vida e o Amor é o combustível que o alimenta, e isto é assim desde criança até ao fim da vida.
    Fica patente assim que é importante seguir em frente e Caminhar em frente, para isso faz falta fazê-lo com auto-estima e para isso que exista atenção e amor (seja Amor-amigo, amor de casal, amor paterno-filial).