quinta-feira, março 27, 2014

Dor

A dor faz parte do dia a dia do homem desde a própria história do homem. Não falamos aqui apenas na dor física, mas de todo e qualquer tipo de dor, a física é apenas uma das suas formas, mas existe ainda a dor psicológica e a fé a dor espiritual.
A dor em qualquer uma das suas acepções serve como principal bloqueio ao nosso normal desenvolver do dia a dia, de que se possa seguir em frente e até mesmo evoluir.
A dor obviamente está associada à capacidade de sofrimento de cada um, mas ninguém conseguirá sofrer por tempo indeterminado e na solidão por muito forte que seja o indivíduo e por muito capacidade de sofrimento que se tenha.
Aquele ou aquela que tente aguentar a dor sozinho apenas conseguirá chegar a um ponto de frustração elevado que bloqueia o caminho para a felicidade. Com isso a dor aumenta e com ela o sofrimento.
Cabe-nos a nós como primeiro passo reconhecer a dor e as suas causas, ao ser consciente disso devemos apoiar-nos na família, nos amigos (aqueles que realmente o São) e em conjunto lutar por ultrapassar essa dor, criando mecanismos de auto-ajuda e de ajuda dos outros, este processo releva ainda vários factores importantes, são eles a confiança, no próprio e nos outros, a lealdade, a fidelidade, e claro está no Amor.
Ultrapassar a dor pressupõe ultrapassar o passado, passar a receber o futuro que a cada segundo se converte em presente. Como é óbvio o passado faz parte da vida de cada um, mas deve apenas servir como guia para não cometer erros repetidamente, algo em que o homem é perito, pois o homem é o único ser capaz de tropeçar duas vezes na mesma pedra, sobretudo quando vive no passado e não utiliza esse passado para não cair de novo nos mesmos erros. Mas o que é que nos prende de tal forma que nos prende tanto a esses factos do passado? Podem ser diversas coisas, pode ser a própria cultura em que se está inserido que não ensina a ver para além, mas com a globalização temos visto que muito lentamente esse aspecto vai mudando, nem sempre para melhor, mas sempre muda algo, depois temos vários aspectos das próprias pessoas, e em regra o que mais se destaca para voltar a repetir erros que provocam sofrimento e dor diversas vezes é o "orgulho", imensas pessoas têm esse problema, o orgulho é um bloqueio tremendamente forte ao desenvolvimento humano e à felicidade, e um desencadeante de dor, não só no próprio individuo mas também nos outros com quem se relaciona.
Quantas vezes uma pessoa não faz algo porque o seu orgulho faz com que não queira parecer fraco, quantas vezes não se desiste de lutar por algo por orgulho, deixando em nós marcas profundas e causando uma Dor que esmaga qualquer um. Há quem defenda que isso faz parte do amor próprio, mas não é de todo assim, o amor próprio é gostar e acreditar em nós mesmos, lutar por aquilo que queremos, perseguir aqueles que amamos e dar o máximo se sentimos que podemos perder essas pessoas, é correr atrás delas se sentimos que elas são um pilar da nossa vida e que podem sair dela, por sua vez o orgulho não tem nenhuma carga positiva, bloqueia o próprio amor próprio pois ninguém que goste de si mesmo prefere o sofrimento em vez da felicidade. 
Assim é inegável a necessidade de viver o presente em vez do passado, de ir atrás do que se quer mostrando a fortaleza e a coragem da vontade de ser feliz em vez de por orgulho aceitar a dor por pensar que determinados actos são uma fraqueza. Lutar por aquilo que se pretende, dentro dos limites da dignidade de cada um e dos outros, nunca é nem será uma fraqueza, mas sim um grande ponto de progresso no caminho da felicidade e um grande passo no combate a dor.

AMAR

"Gostar não basta. . .
É necessário Amar... gostar é morno, é mais ou menos, Amar significa envolver- se, apaixonadamente. Amar significa que é uma questão de vida ou morte. O AMOR significa intensidade, totalidade."

Sinceramente é isto mesmo que eu penso.